quarta-feira, 11 de julho de 2018

JOGO BANCO IMOBILIÁRIO - PLANO SECRETO QUE SALVOU POR VOLTA DE 35.000 SOLDADOS NA II GUERRA MUNDIAL




Durante a Segunda Guerra Mundial, o serviço secreto britânico elaborou um plano de mestre para contrabandear equipamento de fuga para os soldados aliados, presos em campos da Alemanha. Sua arma secreta? Caixas de Monopoly (Banco Imobiliário).
A ideia original era bastante simples: oferecer ferramentas de fuga de uma forma despretensiosa. Como chegaram na ideia do jogo? Através de uma série de coincidências felizes que você vai ler a seguir. Mas tudo começou com um mapa.
Mapas são mais difíceis de contrabandear do que você imagina. Eles estragam quando molhados e fazem um puta barulho quando desdobrados. Os soldados aliados temiam que os mapas em papel poderiam chamar a atenção dos soldados alemães. Foi então que surgiu uma ideia: mapas feitos de seda. Além da seda se manter intacta em qualquer tipo de clima, ela também vem com o benefício salva-vidas do silêncio. 
 Para produzir os mapas mudos, os ingleses procuraram a John Waddington Ltd., empresa que tinha recentemente aperfeiçoado o processo de impressão em silk, e já estava fabricando mapas de seda para os aviadores britânicos. E sabe o que mais a Waddington fazia naquela época? Era a fabricante licenciada do Monopoly fora dos Estados Unidos.
De repente, o popular jogo de tabuleiro parecia a forma perfeita de levar ferramentas para dentro dos campos de prisioneiros de guerra. Na época, os nazistas foram duramente pressionados para obter provisões para suas próprias tropas, assim como para os soldados aliados que haviam capturado. Então, quando caixas do jogo foram incluidas nos kits da Cruz Vermelha, ninguém ficou muito preocupado com o seu perigo.  O governo inglês e seu serviço de inteligência militar, o MI9, usaram o Monopoly para ajudar seus prisioneiros a se libertarem das prisões nazistas durante a guerra. 
Monopoly com peças e dinheiro do jogo


A autora Mary Pilon conta essa história em seu livro "The Monopolist" – história confirmada pela fabricante do jogo, a Hasbro. Curiosamente, o jogo era permitido nos campos onde prisioneiros de guerra eram confinamos. Os Convênios de Genebra diziam que eles podiam receber jogos e passatempos no cárcere. O MI9, em parceria com a John Waddington Ltd., a empresa britânica que distribuía o jogo americano no Reino Unido, passou a inserir códigos, mapas e outras mensagens no tabuleiro e nas cartas do jogo. Também eram enviados, escondidos no meio das peças e cartas, notas de dinheiro de verdade, pequenas bússolas e pedaços de metal. Aliás, o Reino Unido era o primeiro país a licenciar o jogo americano desde sua criação, em 1933, na Filadélfia.
O Monopoly já era um jogo bem conhecido em toda a Europa, e os guardas alemães viram como a maneira perfeita de manter seus prisioneiros ocupados por horas. Em 1941, o serviço secreto britânico contou para a Waddington o seu plano, e em pouco tempo, a produção de uma "edição especial" do jogo estava em andamento. Para a missão ultra-secreta, a fábrica reservou um quarto pequeno e seguro, onde artesãos esculpiam meticulosamente pequenas aberturas nas caixas dos jogos de papelão. Além das peças do jogo, a versão especial incluía, uma bússola magnética e um mapa regional de fuga, que marcava quais as casas ao longo da caminho, serviriam de escape.
            E isso nao é tudo: parte do dinheiro do Monopoly era real. Moedas alemãs, italianas e francesas foram colocadas embaixo do dinheiro do jogo, para que os fugitivos pudessem usar como suborno. Até o final da guerra, estima-se que mais de 35.000 prisioneiros de guerra aliados tenham escapado de campos alemães. Alguns deles certamente devem a sua fuga para o clássico jogo de tabuleiro. Essa história se manteve secreta durante décadas. Foi mantido sigilo absoluto sobre o plano durante a guerra, não só para que os britânicos pudessem continuar usando o jogo para ajudar prisioneiros de guerra, mas também porque Waddington temia uma represália alemã. 
               Depois da guerra, todos os conjuntos restantes foram destruídos, e todos os envolvidos no plano, incluindo os presos que escaparam, foram orientados a manter o silêncio. Em caso de uma nova guerra em larga escala, as autoridades aliadas queriam ter certeza que o jogo de tabuleiro aparentemente inocente poderia voltar à ação.





CURIOSA HISTÓRIA, NÃO É MESMO?

ÁREAS DE INTERESSE: HISTÓRIA, SOCIOLOGIA & EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

TEXTO EXTRAÍDO DE:
 https://www.ideafixa.com/oldbutgold/o-que-voce-nao-sabia-sobre-o-jogo-mais-popular-do-mundo

domingo, 1 de julho de 2018

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O TRABALHO INFANTIL

Crianças garimpeiras de carvão de Hughestown, E.U.A 1911.


Chamamos de Revolução Industrial o processo de transformações que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. Sua principal característica foi a substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril.
Na estrutura socioeconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Com isso, houve um grande estímulo à migração para áreas urbanas levaram um significativo contingente de pessoas a procurarem nas fábricas uma oportunidade de sobrevivência. Nesse contexto, os trabalhadores eram submetidos a péssimas condições de trabalho, com altas jornadas de trabalho e atividades de alto risco. A baixa remuneração exigia do trabalhador a inserção de toda a sua família, incluindo mulheres e crianças, no trabalho para a garantia da sobrevivência.
.
 Na Revolução Industrial o carvão era algo vital, pois sem este não tinha como mover as máquinas a vapor, as caldeiras e outros equipamentos. É nas minas de carvão que existia um acentuado foco do trabalho infantil. As crianças mais novas, muitas vezes trabalhavam em alçapões. Sentavam-se em um buraco cavado por eles com uma corda que estava presa à porta. Quando ouviam os vagões de carvão que tinham vindo para abrir a porta, puxando uma corda. As crianças mais velhas podem ser utilizadas como portadores de "carvão" que transportam cargas de carvão em suas costas, em cestos grandes. Túneis profundos eram mais difíceis de abrir. Nesse caso, fazia-se um pequeno buraco e colocava-se uma criança, de 5 a 7 anos, para escavá-lo. Para recolher o carvão extraído, o pequeno funcionário levava um carrinho amarrado ao pé. As minas de carvão eram locais geralmente úmido com poucas correntes de ar, onde os telhados, por vezes, cediam, explosões aconteciam e os trabalhadores tinham todos os tipos de lesões.
.
 O trabalho infantil se intensificou, principalmente em fábricas têxteis da Inglaterra. Na maioria delas, os teares movidos por energia exigiam menos trabalhadores qualificados, e a busca constante por mão de obra barata para diminuir os custos da produção abriu espaço para as crianças. Na época, espremidas em lugares apertados, elas realizavam tarefas simples e repetitivas, pelas quais recebiam somente 1/10 daquilo que seria pago aos homens, em turnos que duravam mais de 12 horas, inclusive à noite.
Eram comuns acidentes de trabalho e problemas sérios de saúde gerados pela alimentação deficiente, o cansaço, a insalubridade e o esforço exagerado que era exigido dos trabalhadores nas fábricas. Era comum um grande número de crianças trabalhando em todas as atividades das indústrias, sozinhas ou junto com suas famílias. Karl Marx registrou:
Milhares de braços tornaram-se de súbito necessários. [...] Procuravam-se principalmente pelos pequenos e ágeis. [...] Muitos, milhares desses pequenos seres infelizes, de sete a treze ou quatorze anos foram despachados para o norte. O costume era o mestre (o ladrão de crianças) vestí-los, alimentá-los e alojá-los na casa de aprendizes junto a fábrica. Foram designados supervisores para lhes vigiar o trabalho. Era interesse destes feitores de escravos fazerem as crianças trabalhar o máximo possível, pois sua remuneração era proporcional à quantidade de trabalho que deles podiam extrair. (...) Os lucros dos fabricantes eram enormes, mais isso apenas aguçava-lhes a voracidade lupina. Começaram então a prática do trabalho noturno, revezando, sem solução de continuidade, a turma do dia pelo da noite o grupo diurno ia se estender nas camas ainda quentes que o grupo noturno ainda acabara de deixar, e vice e versa. Todo mundo diz em Lancashire, que as camas nunca esfriam.
O trabalho infantil foi muito utilizado porque as famílias necessitavam aumentar a renda e as crianças ajudavam. Para os donos de empresa foi um fator benéfico pois contrataram demasiadamente essa parcela da população e pelo fato de serem crianças os pagavam mal e essas mesmas crianças não tinham como se reunir em sindicatos nem pensavam em greve. Em 1789, somente na nova fábrica de fiação do inglês Richard Arkwright, entre 1.150 trabalhadores, dois terços eram crianças. Em pleno século XX esse tipo de prática ainda era comum, tanto que, antes de 1940, trabalhadores mirins já atuavam na Europa, Estados Unidos e várias colônias de potências europeias. De forma deplorável, muitos deles perderam a infância, a saúde e até a vida, ao serem transformados em mais um produto rentável da Revolução Industrial.
Abaixo temos um registro fotográficos dessa triste realidade, onde as fotos variam de 1900 até 1940:
Menina de 7 anos no cantão de Schwyz, por volta de 1900.

Menina ao lado das máquinas de tecelagem em Forida, por volta de 1908.











Antônio Miranda de Freitas Júnior - Historiador & Poeta


CURIOSA HISTÓRIA, NÃO É MESMO?

ÁREAS DE INTERESSE: HISTÓRIA, SOCIOLOGIA, GEOGRAFIA & FILOSOFIA

 FONTES DE PESQUISA:

A exploração do trabalho de crianças na Revolução Industrial e no Brasil Disponível em .< https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/1561/a-exploracao-trabalho-criancas-revolucao-industrial-brasil Pesquisado em 28/06/2018
MARX, Karl. O Capital. São Paulo. Difel, 1988.
 Revolução Industrial. Disponível em .< https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial/ Pesquisado em 28/06/2018
Revolução Industrial. Disponível em .<  https://www.suapesquisa.com/industrial/ Pesquisado em 28/06/2018
Trabalho Infantil no inicio da Revolução Industrial. Disponível em .<